Jovens que praticam sexo oral são as principais vítimas de cancro de
garganta. Segundo o estudo desenvolvido pelo oncologista brasileiro Luiz
Paulo Kowalski o consumo de tabaco e de bebidas alcoólicas deixaram de
ser as principais causas de cancro da garganta.
Segundo Luiz Paulo Kowalski, director do Núcleo de
Cabeça e Pescoço do Hospital A.C. Camargo, em São Paulo, há uma mudança
do perfil do doente. O oncologista referiu que a doença, “que era
frequente em homens com mais de 50 anos que fumavam e bebiam, é agora
mais comum em jovens com idades entre os 30 e 40 anos que fazem sexo
oral desprotegido e têm vários parceiros”.
Também em Portugal investigadores obtiveram uma conclusão semelhante.
O
Instituto Português de Oncologia (IPO), em Lisboa, está a diagnosticar
mais casos de cancro oral em jovens numa altura em que aumenta a taxa da
mortalidade associada à doença - morrem cerca de 300 pessoas por ano.
Todos
os anos são detectados 1500 novos casos: 1200 em homens e 300 em
mulheres. E 25 por cento dos tumores verificam-se em pessoas que não
bebem nem fumam. O IPO alerta para a relação da doença com o vírus do
papiloma humano (VPH), transmitido por via do sexo oral.
Daniel
de Sousa, chefe de Serviço de Cirurgia da Cabeça e Pescoço do IPO de
Lisboa e professor de Medicina e Patologia Oral da Faculdade de Medicina
Dentária da Universidade de Lisboa, diz que estamos perante um novo
fenómeno: "Doentes oncológicos vítimas de novos hábitos sexuais,
nomeadamente do sexo oral com vários parceiros."
O
perfil tradicional do doente com cancro oral foi alterado. "Era um
homem entre os 50 a 60 anos, fumador e com hábitos alcoólicos."
Apesar
de serem "cancros orais com uma menor agressividade" e que "respondem
melhor à terapêutica" quando detectados a tempo, Daniel Sousa defende a
necessidade de medidas preventivas, nomeadamente "a criação de uma rede
de cuidados primários que englobe médicos dentistas para facilitar uma
detecção precoce de novos casos".
Imagina se não!
ResponderEliminarEsta parte que compreende a boca e garganta é um espaço muito propicio para manifestação de doenças. Ao meu entendimento, nem precisaria que um médico provasse isso, mas tem pessoas que só acreditam e entendem depois de um especialista 'comprovar' que é assim. Muito bem feito o alerta pelos médicos, espero que agora as raparigas entendam que a relação íntima não é e não pode ser levado como uma brincadeira.
Beijinho
É isso, Pat. Com a saúde não se brinca.
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