"O mais antigo jornal que se tem notícia foi o Acta Diurna. O mesmo surgiu por volta de 59 a.C. a partir do desejo de Júlio César de informar a população sobre factos sociais e políticos ocorridos no império - como campanhas militares, julgamentos e execuções."

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Estado põe mulher de 65 anos como nadadora-salvadora em Castro Verde

Porque a experiência também conta...

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O Estado pretendia colocar uma funcionária de 65 anos que está actualmente no quadro de mobilidade especial depois de ter sido dispensada dos serviços do Ministério da Agricultura em Aljustrel a desempenhar funções a 20 quilómetros de casa, como nadadora-salvadora nas piscinas municipais de Castro Verde. Uma situação que Maria da Conceição Sargaço classifica de brincadeira de "mau gosto", pois… nem nadar sabe!

"Só podia ser uma brincadeira. E de mau gosto! Na minha idade não ia ser nadadora-salvadora. Só tenho a quarta classe, não tenho formação e nem sei nadar. Ainda nos afogávamos aos dois. Tudo isto teria muita graça se não estivessem a brincar com a minha dignidade", diz ao "CA".

Maria da Conceição Sargaço está no quadro de mobilidade do Ministério da Agricultura desde 2007, depois de 28 anos a trabalhar como auxiliar de manutenção no pólo de Aljustrel da Direcção Regional de Agricultura e Pescas de Aljustrel, onde fazia limpezas e jardinagem.

De momento recebe apenas 66% do seu vencimento-base, cerca de 388 euros, mas no início do ano recebeu, juntamente com outra colega também colocada na mobilidade, uma carta onde era comunicada a possibilidade de ambas irem trabalhar para as piscinas de Castro Verde como salva-vidas. Uma proposta que foi prontamente recusada pelas duas funcionárias.

"A minha colega já tem 70 anos e está reformada. Mas eu tive de escrever uma carta a dizer que não podia aceitar", lembra Maria da Conceição, que não aceitou de bom grado a colocação no quadro da mobilidade e agora só pensa em reaver o seu antigo serviço, para poder trabalhar até ter os 70 anos que lhe permitam reformar-se.

Além do mais, sublinha esta cidadã, a sua reintegração permitiria ao Ministério da Agricultura "poupar" alguns euros, dado que após a sua dispensa contratou duas empresas de limpeza para fazerem o seu trabalho. "Assim estão a pagar mais do que me pagavam a mim. É por isso que gostava de voltar ao meu antigo serviço", justifica.

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