"O mais antigo jornal que se tem notícia foi o Acta Diurna. O mesmo surgiu por volta de 59 a.C. a partir do desejo de Júlio César de informar a população sobre factos sociais e políticos ocorridos no império - como campanhas militares, julgamentos e execuções."

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Emigrante português na Bélgica despejado numa ruela deserta até morrer

António Nunes Coelho, de 49 anos, ainda esteve vivo “entre 15 minutos a uma hora” depois de ter sido despejado numa ruela deserta de Bruxelas pelo patrão e dois colegas da obra onde estava a trabalhar ilegalmente.

Depois de ter caído de um andaime vítima de um ataque cardíaco, em vez de ser socorrido foi transportado de camião e abandonado num local deserto. As autoridades belgas investigaram o caso e a autópsia concluiu que o português foi abandonado ainda com vida, noticiou ontem o jornal belga La Dernière Heure.

O emigrante português, que vivia há 12 anos na Bélgica em situação legal, tinha sido despedido da empresa de construção belga Cassal há cerca de dois anos. Como não encontrava trabalho decidiu aceitar o que seria apenas um pequeno biscate não declarado como estucador, três dias por 500 euros.

Levantou-se às 5 da manhã, entrou às 6h00 e ao final da manhã caiu de um andaime vítima de um ataque cardíaco. No estaleiro gerou-se o pânico e o responsável logo chegou para tratar do assunto, noticiou a imprensa.

Só que em vez de o patrão pedir socorro chamou dois funcionários o para ajudarem a transportar o homem para um camião. Depois de uma viagem de duas horas abandonaram o corpo numa ruela deserta de um parque de Bruxelas. De regresso ao trabalho, retomaram a obra.

A imprensa noticiou o que se passou este mês mas o corpo já foi encontrado a 12 de Novembro, por um transeunte. O facto de ser sábado, um fim-de-semana prolongado, e o cadáver estar com roupas de trabalho sujas de tinta e gesso levantou as suspeitas da polícia que, depois de dois meses de investigação, localizou o estaleiro onde tudo se passou, da empresa EG-Batineuf.

Foi aberto um inquérito por falta de assistência a pessoa em perigo, ocultação da cadáver, estão em causa várias infracções laborais, como trabalho não declarado, ausência de documentação social, condições que colocam em perigo segurança e saúde dos trabalhadores.

Segundo o site informativo Lusófonos na Bélgica o patrão já tinha sido condenado em 2011 por empregar mão-de-obra clandestina.

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