"O mais antigo jornal que se tem notícia foi o Acta Diurna. O mesmo surgiu por volta de 59 a.C. a partir do desejo de Júlio César de informar a população sobre factos sociais e políticos ocorridos no império - como campanhas militares, julgamentos e execuções."

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Egipto: Irmãos Muçulmanos ameaça boicotar eleições

O grupo egípcio Irmãos Muçulmanos criticou a nova lei eleitoral anunciada pela junta militar, ao afirmar que esta promove a fraude e a compra de votos, e ameaçou boicotar as eleições de Novembro se a mesma não for alterada.

"Recusamo-nos a participar nas eleições se o artigo 5º da Lei Eleitoral (que proíbe os partidos de nomear candidatos para um terço dos lugares parlamentares) não for cancelado", disse o grupo, num comunicado divulgado após uma reunião dos partidos membros da "coligação democrática", que inclui trinta formações, incluindo o partido da liberdade e da justiça da Irmandade Muçulmana e o Partido Liberal al-Waf.

Segundo os Irmãos Muçulmanos, "as forças políticas concordaram em realizar eleições parlamentares no âmbito do sistema de listas fechadas e pediram ao Conselho Militar para alterar a legislação anterior, mas os militares emitiram uma nova lei com mais deficiências.

O grupo assinala que a continuidade do sistema aberto facilita "a intervenção de criminosos nas eleições, a compra de votos e as tentativas de fraude".A nova lei, que vai reger as primeiras eleições no Egipto após a queda de Hosni Mubarak, foi anunciada pela junta militar na terça-feira.

Dois terços para listas fechadas

Segundo a lei, dois terços dos lugares do Parlamento são ocupados pelas listas fechadas dos partidos e um terço por indivíduos eleitos nas listas abertas.

O grupo criticou ainda a nova lei pelo facto de proibir os candidatos (do sistema aberto) de aderirem aos partidos no caso de serem eleitos, já que isso contraria os desejos dos políticos em fortalecer as formações políticas.

O sistema também foi rejeitado pelo Movimento 06 de abril, por considerar que pode abrir as portas do Parlamento a personalidades ligadas ao antigo regime, já que as listas abertas lhes permite concorrer em separado e à margem de qualquer formação política.

Calendário "demasiado lento"

Por outro lado, os Irmãos Muçulmanos consideram que "o calendário das eleições parlamentares é demasiado lento e que afectará a vida pública do país, já que fará com que o país viva numa atmosfera eleitoral durante quase cinco meses".

As eleições legislativas vão decorrer de 28 de Novembro a 11 de Março, já que as votações na câmara baixa e alta do Parlamento se realizam em separado, cada uma com três voltas.

O grupo islâmico pediu ainda à junta militar para pôr fim à Lei de Emergência, vigente desde 1981, "em cumprimento das promessas de revogação da mesma antes das eleições".

Se os esquerdistas totalitários da Irmandade Muçulmana não concordam com uma medida, então há grandes hipóteses dessa medida ser boa.

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