A decisão foi dada a conhecer ontem através de uma circular interna e engloba a desinstalação do software que tem vindo a ser usado para converter automaticamente a grafia dos textos, em conformidade com as regras do Acordo Ortográfico.
Segundo o matutino, a medida contou com o apoio da nova administração do CCB, que a aprovou por unanimidade depois de apreciar um extenso documento preparado por Vasco Graça Moura, no qual o antigo eurodeputado do PSD argumenta que "o Acordo Ortográfico não está nem pode estar em vigor". Em causa está o facto de Angola e Moçambique não terem ainda ratificado o acordo.
Resolução é considerada "inconstitucional"
No documento, Vasco Graça Moura considera inconstitucional a resolução aprovada em Janeiro de 2011 pelo Conselho de Ministros, ordenando que o Acordo Ortográfico fosse adoptado por todos os serviços do Estado e entidades tuteladas pelo Governo. É precisamente esta a resolução que põe em casa a legalidade desta decisão, embora uma fonte da Secretaria de Estado da Cultura tenha adiantado ao "Público" que por ser uma fundação pública de direito privado o CCB não estará obrigado a adoptar o Acordo Ortográfico antes da data prevista para a sua aplicação generalizada, em 2014.
Interpelado esta manhã no Parlamento por António José Seguro sobre o assunto, o primeiro-ministro Passos Coelho respondeu que "o Governo não tem nenhum esclarecimento" a acrescentar sobre esta matéria.
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