"O mais antigo jornal que se tem notícia foi o Acta Diurna. O mesmo surgiu por volta de 59 a.C. a partir do desejo de Júlio César de informar a população sobre factos sociais e políticos ocorridos no império - como campanhas militares, julgamentos e execuções."

sábado, 19 de maio de 2012

Activista chinês já embarcou em avião com destino aos EUA

O activista chinês Chen Guangcheng está já a bordo de um avião com destino aos Estados Unidos, depois de lhe terem sido entregues este sábado de manhã passaportes para viajar junto com a família, foi avançado pelo diário The New York Times.

Segundo aquele jornal, o activista, a mulher e os dois filhos embarcaram num voo com destino a Newark, depois de ter sido levado do hospital onde se encontrava há já três semanas até ao aeroporto.

Poucas horas antes, e ainda sem passaporte, Chen Guangcheng – epicentro de uma crise diplomática entre Washington e Pequim – disse aos jornalistas no aeroporto que acreditava que lhe seria permitido viajar para Nova Iorque, onde lhe foi oferecido um emprego numa universidade.

Responsável do aeroporto de Pequim confirmou que a bagagem do activista, assim como da mulher e dois filhos, foi despachada para um voo da United Airlines com destino ao aeroporto de Newark, em New Jersey, Estados Unidos. A partida deste avião ocorreu por volta das 17h50 (locais, menos sete horas em Portugal continental), avançando porém a agência britânica Reuters que não há “confirmação visual” de que Chen Guangcheng e a família se encontram a bordo.

Advogado, cego, Chen Guangcheng esteve seis dias na missão diplomática norte-americana em Pequim depois de ter conseguido evadir-se há cerca de um mês à vigilância de dezenas de polícias em sua casa, no nordeste da China, onde permanecia sob detenção domiciliária desde 2010.

Fora condenado e cumprira quatro anos de prisão, desde 2006, por crimes de danos materiais e interrupção do trânsito durante uma das suas acções de denúncia da prática de abortos forçados e esterilizações, ao abrigo da lei chinesa de um só filho, na cidade de onde é oriundo, Linyi, província de Shandong.

O activista revelara esta manhã que a mulher e os dois filhos se encontravam com ele no aeroporto, acompanhados de alguns funcionários do hospital Chaoyang, em Pequim, onde se encontrava desde 2 de Maio, recebendo tratamento dos ferimentos que sofrera durante a sua fuga (partira um pé ao saltar um muro).

A Reuters descrevia ainda que se encontravam dois carros de polícia na passagem de acesso ao avião em que Chen Guangcheng e a família deveriam viajar e dezenas de seguranças à paisana circulavam pelo aeroporto.

Sim, devo ir embarcar no voo para os Estados Unidos, mas isso ainda não foi clarificado e ainda não temos os nossos passaportes, pelo que não tenho a certeza. Ainda há muitas coisas que não estão claras”, explicara o activista, por telefone, à Reuters, pouco após ter chegado ao aeroporto de Pequim.

Segundo o grupo norte-americano de defesa dos direitos humanos China Aid, que tem vindo a fazer uma forte campanha de apoio a Chen Guangcheng, o activista foi “informado esta manhã de que devia fazer as malas e preparar-se para deixar a China”.

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