"O mais antigo jornal que se tem notícia foi o Acta Diurna. O mesmo surgiu por volta de 59 a.C. a partir do desejo de Júlio César de informar a população sobre factos sociais e políticos ocorridos no império - como campanhas militares, julgamentos e execuções."

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Golpe de Estado na Guiné?


Os militares saíram à rua na Guiné-Bissau e atacaram a residência do primeiro-ministro e candidato às presidenciais, Carlos Gomes Júnior, depois de assumirem o controlo da Rádio Nacional.

Este ataque ocorre um dia depois de a segunda volta das eleições presidenciais, que opõe Carlos Gomes Júnior e Kumba Ialá, ter sido convocada para 29 de Abril. Um polícia que se encontrava junto à residência de Carlos Gomes Júnior contou à AFP que o local foi atingido por granadas. "Fomos obrigados a retirar", disse, sem referir qual a situação do primeiro-ministro.

Vários tiros foram ouvidos ao princípio da noite de hoje em Bissau, há pessoas a correr em pânico nas ruas, sendo visível aparato militar, constatou a agência Lusa. Um jornalista da AFP relatou também que se ouviram tiros e que cerca de uma dezena de militares entraram na Rádio Nacional.

Enquanto isso, outros soldados ocuparam a avenida que passa em frente à residência do ainda primeiro-ministro e candidato a Presidente, Carlos Gomes Júnior, e a sede do partido no poder, o PAIGC, tendo sido lançados morteiros, adiantou a AFP.

Horas antes tinha havido um apelo aos boicote às eleições por parte da oposição ligada ao ex-presidente Kumba Ialá, que na primeira volta do escrutínio obteve 23,26% - Carlos Gomes Júnior alcançou 48,97% - e que tem rejeitado apresentar-se à segunda ronda.

Cinco candidatos da oposição, entre eles Kumba Ialá, pediram “aos militantes e simpatizantes para não votarem a 29 de Abril”, e adiantaram: “Quem se aventurar a fazer campanha assumirá a responsabilidade por tudo o que aconteça”.

Kumba Ialá tinha denunciado fraudes na primeira volta e pediu que a votação fosse anulada. Mas as suas pretensões foram rejeitadas pela comissão eleitoral e pelo Supremo Tribunal. Os observadores internacionais consideraram também a primeira volta justa.

A Comissão Nacional de Eleições acabou por convocar a segunda volta do escrutínio para 29 de Abril, mas a recusa de Kumba Ialá em participar fez crescer o receio de regresso da violência a um país marcado pela instabilidade político-militar.

O candidato também rejeitou a mediação proposta pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que designou o Presidente da Guiné-Conacri, Alpha Conde, para encontrar uma saída para o impasse.

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