"O mais antigo jornal que se tem notícia foi o Acta Diurna. O mesmo surgiu por volta de 59 a.C. a partir do desejo de Júlio César de informar a população sobre factos sociais e políticos ocorridos no império - como campanhas militares, julgamentos e execuções."

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Pequim garante não querer comprar Europa, mas já detém 416 mil milhões da sua dívida

No dia em que o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, e da União Europeia, Herman Von Rompuy, se reúnem com o presidente chinês, Hu Jintao, na 14.a cimeira bilateral, Pequim procura tranquilizar a Europa, mas recorda que a crise da dívida soberana europeia atravessa “um momento crucial”.

Se os países ricos da Europa se mostram reticentes em ajudar a resolver a crise, a China reafirma a intenção de participar no Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF) e no seu sucessor, o Mecanismo Europeu de Estabilidade (MES), a lançar em Julho, para contrariar a crise financeira.

Para já, Pequim detém 416 mil milhões de euros em dívida soberana europeia e tem disponibilidade para aumentar o seu esforço financeiro, uma gota de água face às suas gigantescas reservas cambiais.

A boa vontade chinesa é acompanhada de mensagens tranquilizadoras para a opinião pública europeia. O “Diário do Povo” repetia ontem a afirmação do primeiro-ministro Wen Jiabao de que a China não pretende “comprar” a Europa. “A China não apenas não tem apetite ou capacidade para comprar a Europa ou controlar a Europa, como dizem alguns países, como, pelo contrário, é a favor do euro e da União Europeia de A a Z”, escreve o jornal, que reflecte a opinião do Partido Comunista Chinês (PCC).

Por ocasião da última visita da chanceler alemã, Angela Merkel, a Pequim, no início deste mês, o chefe do governo chinês disse que “a China não tem intenção nem capacidade” de “comprar a Europa”. Antes de partir para Pequim, Durão Barroso pediu uma maior cooperação entre a UE e a China para enfrentarem os “desafios comuns”, na véspera da cimeira entre os dois blocos.

“Enfrentamos desafios comuns e o mundo precisa de parcerias responsáveis e cooperantes para os ultrapassar”, disse Barroso, que hoje se reúne com o presidente chinês. “É agora, mais que nunca, que temos de actuar juntos”, acrescentou, salientando que o reforço da parceria UE-China “pode representar um pilar importante na estabilidade e na prosperidade globais”.

O presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, defendeu que a parceria UE-China “pode fazer a diferença e trazer benefícios a ambas as economias”.

O Eurostat revelou ontem que as exportações europeias para a China cresceram 21% nos primeiros dez meses de 2011 e que as importações aumentaram 5%. A balança comercial europeia é deficitária 132 mil milhões de euros.

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