Um rapaz de Brockport, estado de Nova Iorque, de 10 anos, lançou ao mar uma garrafa com uma mensagem dentro em Março do ano passado. Quem a encontrou foi uma rapariga açoriana de 25 anos, oito meses depois.
Na mensagem Curtis Kipple explicava o quanto gostava de jogar futebol com o pai e de videojogos. Na altura andava no quarto ano, agora frequenta o quinto.
Oito meses depois de lançada a garrafa de vidro verde com a mensagem dentro, deu à costa na ilha Terceira, Açores. Ana Ponte, de 25 anos, apressou-se a escrever um e-mail para a escola de Curtis, escrito em Português e Inglês a dar conta do achado.
“O meu irmão e o meu pai acordaram cedo esta manhã e foram para o mar para apanharem uns peixes muito abundantes aqui e encontraram uma garrafa com uma mensagem de um rapaz chamado Curtis Kipple”, escreveu Ana Ponte no e-mail que enviou para o endereço da escola.
O actual professor do quinto ano de Curtis, Chris Albrecht, ficou surpreendido com o sucesso do projecto que organizou para ensinar geografia e escrita de cartas formais aos seus alunos. . “Fiquei completamente surpreendido”, disse Albrecht citado pelo jornal local “Democrat and Chronicle”. “Os alunos demoraram um mês a escrever as cartas e quando o projecto ficou pronto achei que ia dar em nada”, disse o professor, citado pelo mesmo jornal.
Diz que a criança ficou “emocionada” quando soube que a sua mensagem tinha dado à costa e que tinha havido uma resposta por e-mail. “Foi uma coisa muito especial.” “Cerca de 80% dos meus alunos nunca viram o oceano. O facto de a garrafa de Curtis ter atravessado o Atlântico é uma coisa fantástica”.
Deste projecto, a garrafa de Curtis não foi a primeira a ser encontrada – em Junho já tinha sido encontrada outra na região da Nova Escócia, Canadá) – mas foi a que viajou até mais longe. Mais de 4000 quilómetros.
“A parte incrível desta história não é que duas garrafas tenham sido encontradas, mas que as duas pessoas que as encontraram tenham perdido tempo a contactar-nos. É incrivelmente excitante”, diz Amy Stoker, a professora do quarto ano de Curtis que ajudou Albrecht a pôr o projecto em marcha.
“Este projecto excedeu largamente as minhas expectativas mais optimistas. Foi uma maneira óptima de ensinar os alunos sobre parágrafos e geografia. Mas o facto de as cartas terem realmente sido encontradas é espantoso”.
Sem comentários:
Enviar um comentário