Cobras de grandes proporções, incluindo pitons, têm comido mamíferos de médio porte na Florida, EUA. Julga-se que estes répteis sejam animais domésticos abandonados pelos donos.
Um estudo revela que os avistamentos de mamíferos de médio porte, como guaxinins, gambás e linces, caíram drasticamente ao longo dos últimos 11 anos, nalguns casos com uma taxa de 99%, no parque natural de Everglades.
Os cientistas julgam que as cobras podem estar a perturbar a cadeia alimentar de Everglades e o equilíbrio daquele ecossistema de um modo difícil de prever.
«Os efeitos do declínio da população de mamíferos no ecossistema geral de Everglades – que se estende muito além da fronteiros do parque natural – são provavelmente profundos», considerou John Willson, cientista investigador e co-autor do estudo.
«A magnitude do declínio sublinha a aparentemente incrível densidade populacional de pitons no parque nacional de Everglades», comentou, por seu lado, Michael Dorcas, professor e co-autor da investigação.
Crê-se que dezenas de milhares de pitons, naturais do sudoeste asiático, vivam no parque de Everglades, onde procriam em grandes números graças às condições favoráveis de humidade e temperaturas elevadas.
Se algumas destas cobras gigantes terão sido soltas na natureza pelos seus antigos donos, outras poderão ter escapado das lojas de animais na sequência do Furacão Andrew em 1992.
Note-se que as pitons birmanesas podem crescer até aos oito metros de comprimento e pesar mais de 90 quilos. Estes predadores imobilizam as suas presas enrolando-se à volta e asifixiando-as e esmagando-as com músculos poderosos, para engolir de seguida… sem mastigar.
Em 2010 a Florida considerou ilegal a posse privada de pitons birmanesas.
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