"O mais antigo jornal que se tem notícia foi o Acta Diurna. O mesmo surgiu por volta de 59 a.C. a partir do desejo de Júlio César de informar a população sobre factos sociais e políticos ocorridos no império - como campanhas militares, julgamentos e execuções."

sábado, 7 de janeiro de 2012

U2 e Rolling Stones com património na Holanda por motivos fiscais

O fenómeno não é só português. Há vários anos que milhares de empresas de todo o mundo abrem filiais ou subsidiárias no país.

Artistas mundialmente conhecidos como os U2 e os Rolling Stones transferiram nos últimos anos partes substanciais do seu património para a Holanda por motivos fiscais.

A venda de 56% do capital da Jerónimo Martins pelo seu principal accionista a uma filial holandesa , anunciada esta semana, trouxe ao debate público a questão das empresas portuguesas que se transferem para a Holanda.

No entanto, o fenómeno não é só português. Há vários anos que milhares de empresas de todo o mundo abrem filiais ou subsidiárias na Holanda, normalmente por razões ligadas ao planeamento fiscal.

Entre as entidades que o fizeram estão bandas rock como os irlandeses U2 ou os ingleses Rolling Stones ou os herdeiros do norte-americano Elvis Presley.

O "New York Times" noticiou que os Rolling Stones (com excepção do guitarrista Ron Wood) têm há mais de três décadas laços com a Holanda através de uma firma de contabilidade de Amesterdão.

Segundo o jornal norte-americano, entre 1987 e 2007 Mick Jagger, Keith Richards e Charlie Watts pagaram 7,2 milhões de dólares (5,6 milhões de euros) em impostos sobre rendimentos de 450 milhões - o equivalente a uma taxa de 1,5 por cento, muito abaixo do que teriam de pagar no Reino Unido ou nos EUA. O New York Times escreveu ainda que os três músicos estabeleceram fundações na Holanda que lhes permitirão transmitir o património aos seus herdeiros sem ter que pagar quaisquer impostos sucessórios.
Manager dos U2 refuta críticas

Quanto aos U2 a passagem para o país das tulipas foi mais recente. Em 2006, a Irlanda fez uma reforma fiscal que limitou a isenção de impostos para artistas a rendimentos inferiores a 250 mil euros.

A banda transferiu então a sua firma de publishing (gestão do catálogo musical, através do qual recebem direitos de autor) para Amesterdão. A decisão motivou muitas críticas na Irlanda, particularmente tendo em conta a vocação filantrópica dos U2, e sobretudo do seu vocalista, Bono.

"Não há nada de ilegal no que eles fizeram ao aproveitar-se de leis fiscais mais favoráveis, mas tendo em conta o que o Bono investiu nas campanhas contra o fim da pobreza, achamos que há aqui uma contradição", disse em 2009 Ni Chasaide, porta-voz de uma ONG irlandesa, citada pelo Irish Independent.

O manager dos U2, Paul McGuiness, reagiu às críticas em declarações ao mesmo jornal, dizendo que a banda "é uma empresa global que paga impostos a nível global".

"Pelo menos 95 por cento dos negócios dos U2 - incluindo a venda de discos e de bilhetes [para concertos] - tem lugar fora da Irlanda, e portanto a banda paga muitos impostos por todo o mundo", disse McGuiness ao Irish Independent. "Tal como qualquer outra empresa, os U2 operam de uma forma fiscalmente eficiente", afirmou.

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Como é normal entre a esquerdalha, todos eles querem um "estado social" mas nenhum quer subsidiá-lo.

Cambada de hipócritas e falsos moralistas; viajam pelo mundo inteiro a lutar contra o que eles classificam de "capitalismo" ao mesmo tempo que preservam de um modo agressivo os seus lucros da predação estatal por via de impostos ridículos.

Sempre bom ter isto em mente da próxima vez que o hipócrita do Bono vier com conversas moralistas.

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